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O que são as zero click searches e como elas impactam sua estratégia de SEO?

Atualizado: há 6 dias

Artigo escrito por Guilherme Dorneles e Victor Brisola


Ilustração da thumbnail do artigo "O que são as zero click searches e como elas impactam sua estratégia de SEO?". A imagem apresenta o fundo de pesquisa do Google, um cursor e o número zero em destaque, junto com as fotos de Guilherme Dorneles e Victor Brisola, especialistas de SEO da Kipiai e autores do artigo.

Pense na última vez que você pesquisou algo no Google e a resposta apareceu ali, na hora, sem você precisar clicar em nenhum link. 


Pode ter sido o resultado de uma partida de futebol ou a previsão do tempo para sua cidade. 


Essa praticidade de ter a resposta na tela, sem ir para outro site, é o que define uma pesquisa de zero cliques, assunto que vem ganhando cada vez mais destaque entre as tendências de marketing digital em 2025.


Neste artigo, Guilherme Dorneles e Victor Brisola, especialistas em SEO da Kipiai, mostram caminhos para otimizar conteúdos e conquistar relevância mesmo quando o clique não acontece.

Entendendo a pesquisa de zero cliques


O nome já diz tudo, né? Basicamente, é uma busca em que você não precisa clicar em nenhum site para encontrar o que procura. 


O Google, que está sempre tentando deixar sua vida mais fácil, coloca a resposta direto na página de resultados (chamada de SERP - Search Engine Results Pages). 


Isso acontece porque o Google está sempre aprimorando as ferramentas dele para te dar respostas rápidas e diretas.


Mas como fica o seu site com tudo isso?


Essa mudança é bem importante! 


Antigamente, a página de resultados do Google era tipo um "portal" que te levava para outros sites. 


Agora, ela virou um "destino final" para muitas buscas.


Um gráfico de linhas intitulado "Evolução das Pesquisas Zero-Clique" mostra a porcentagem de zero click searches ao longo do tempo, com destaque para a projeção em dispositivos móveis.  Fontes: SparkToro, Semrush e Search Engine.

Levantamentos realizados por SparkToro, Semrush e Search Engine Land mostram como esse movimento vem crescendo ano após ano:


  • Em 2016, cerca de 43,9% das buscas terminavam sem clique.

  • Em 2020, esse índice saltou para 64,82%, impulsionado pelo aumento do uso de dispositivos móveis e pelas buscas rápidas durante a pandemia.

  • Em 2024, os dados mostram que 58,5% das pesquisas nos EUA e 59,7% na União Europeia não resultaram em cliques.

  • A expectativa é que, em 2025, esse número alcance 60% no mundo todo, com buscas mobile chegando perto dos 75%.


Esse crescimento mostra que, cada vez mais, o Google responde diretamente às perguntas do usuário.


Para as empresas, isso significa repensar como gerar visibilidade e relevância, já que conquistar o clique está ficando mais difícil.


A intenção por trás da ausência de cliques


A raiz das pesquisas de zero cliques reside na intenção de busca do usuário. 


Algumas perguntas são, por sua própria natureza, projetadas para obter uma resposta concisa e direta. 


Nesses casos, o Google atua como um solucionador imediato, eliminando a necessidade de navegação adicional.


Vamos pensar em exemplos do nosso dia a dia. 


Ao perguntar "que horas são?", você espera uma resposta imediata e precisa da hora atual, exibida em destaque no topo da página. 


Não há necessidade de visitar um site de relógio mundial. 


Exemplo de pesquisa "que horas são" no Google, com resposta direta no topo da SERP, ilustrando uma busca sem clique.

Da mesma forma, consultas como "previsão do tempo [sua cidade]" são resolvidas com um widget detalhado que mostra temperatura, condições climáticas e previsão para os próximos dias, tudo ali, na SERP.


Print de previsão do tempo do Google, resultado de pesquisa informacional em zero click search.

Outras intenções de busca que frequentemente resultam em zero cliques incluem:


  • Fatos rápidos: "Quantos anos tem o Pelé?", "Qual a capital do Japão?". São perguntas que buscam informações pontuais e objetivas, facilmente exibidas em um painel de conhecimento ou snippet.

  • Conversões de unidades: "Quantos centímetros tem um metro?", "Converter euro para real". O Google oferece calculadoras e conversores embutidos que fornecem a resposta instantaneamente.

  • Definições simples: "O que é altruísmo?", "Significado de resiliência". Uma breve explicação na SERP pode ser suficiente.

  • Cálculos matemáticos: "100 dividido por 4", "raiz quadrada de 64". A calculadora integrada do Google resolve esses problemas na hora.

  • Informações de contato rápidas: "Telefone da farmácia X", "Endereço do supermercado Y". Se disponíveis, essas informações são mostradas no Google Meu Negócio.


Esses casos demonstram que as pesquisas de zero cliques não são um "problema" a ser evitado, mas sim uma evolução natural impulsionada pela busca do usuário por conveniência e pela capacidade do Google de entregar respostas eficazes.


Recursos da SERP: um histórico das zero clicks searches


 Uma linha do tempo intitulada "Timeline de Evolução dos Recursos do Google" ilustra o histórico de elementos nas páginas de resultados de pesquisa (SERPs) que contribuíram para o aumento das zero click searches.

A ascensão das pesquisas de zero cliques não aconteceu por acaso. 


Ela é fruto de uma estratégia consciente do Google para enriquecer a experiência do usuário, oferecendo respostas rápidas e diretas sem que seja necessário navegar por outros sites.


Ao longo dos anos, o Google adicionou e aprimorou uma série de recursos diretamente na página de resultados que, embora melhorem a usabilidade, impactaram significativamente os cliques em links orgânicos.


Nos próximos tópicos, você vai conhecer esses recursos, entender como funcionam e descobrir como eles mudaram a forma de buscar e consumir informação na web.


Google Local


O ponto de partida das zero click searches aconteceu há cerca de 20 anos.


Em 2005, o Google lançou o Google Local, que funcionava junto com o recém-criado Google Maps, e passou a mostrar informações de negócios locais direto na página de resultados.


De repente, ao pesquisar por uma padaria ou farmácia, o usuário já encontrava nome, endereço e até telefone da empresa ali mesmo, sem precisar entrar em outro site.


Exemplo de perfil empresarial da Kipiai no Google Business Profile.

Essa mudança abriu caminho para o que mais tarde se tornaria o Google Meu Negócio (hoje chamado Google Business Profile), dando mais visibilidade aos negócios diretamente na página de resultados. 


Também abriu caminho para o SEO local, que se tornaria indispensável para empresas que querem aparecer quando alguém busca por serviços ou comércios próximos.


Universal Search 


Em 2007, o Google lançou o Universal Search, que trouxe uma grande novidade: incluir diferentes formatos de conteúdo em uma única SERP.


Os principais tipos de conteúdo integrados incluíam:


  • Vídeos

  • Notícias

  • Imagens

  • Resultados de busca local


Antes disso, cada tipo de resultado ficava separado em abas: era preciso clicar em “Imagens” para ver fotos, em “Notícias” para ler artigos e assim por diante. 


Com o Universal Search, o Google passou a integrar esses formatos diretamente na página principal, sempre que julgava que a informação era relevante para a busca.


Essa atualização é vista como o início da era moderna das SERPs, tornando a experiência do usuário mais dinâmica e oferecendo conteúdos variados e imediatos, sem precisar navegar por várias abas.


Painel de Conhecimento (Knowledge Panel)


Em 2012, o Google apresentou o Painel de Conhecimento, ou "Knowledge Panel", outro recurso fundamental para entendermos as zero click searches.


Ele aparece geralmente no lado direito da SERP em desktops ou no topo em dispositivos móveis, reunindo informações concisas sobre entidades, usando o vasto banco de dados do Google, o Knowledge Graph.


As entidades exibidas incluem:


  • Pessoas (como celebridades, com datas, profissão e contribuições)

  • Lugares (cidades, pontos turísticos, países)

  • Organizações (empresas, ONGs, instituições)

  • Eventos (festivais, lançamentos, conferências)

  • Conceitos (termos científicos, definições, ideias)


Por exemplo, ao pesquisar por "Albert Einstein", o painel exibe sua data de nascimento e morte, profissão, principais contribuições, muitas vezes com imagens e um breve resumo biográfico. 


Resultado de pesquisa no Google com Painel de Conhecimento  (Knowledge Panel) sobre Albert Einstein.

Com isso, o Painel de Conhecimento consolida e apresenta informações de forma estruturada, reduzindo a propensão do usuário a clicar em sites para conseguir alguma informação.


Trecho em Destaque (Featured Snippet)


Seguindo a lógica do Painel de Conhecimento, outro recurso que reforça as zero click searches é o trecho em destaque, ou “featured snippet”.


Lançado em 2014, ele se apresenta como uma caixa proeminente no topo da SERP, acima dos resultados orgânicos tradicionais (posição zero). 


Ele exibe um trecho de texto, uma lista ou uma tabela de um site que o Google considera a resposta mais relevante e concisa para a consulta do usuário.


A intenção era clara: oferecer uma resposta imediata e direta. 


Para muitas consultas informativas, como "como fazer bolo de cenoura" ou "benefícios do chá verde", o featured snippet oferece um resumo que satisfaz a necessidade do usuário sem que ele precise clicar no link original. 


É verdade que o site que gera o snippet ainda recebe visibilidade, mas para muitas buscas, a necessidade de aprofundamento é eliminada ali mesmo.


People Also Ask (PAA)


Em 2015 mais uma novidade: o Google integrou o recurso "People Also Ask" (PAA), ou "As pessoas também perguntam", nos resultados de pesquisa.


Ele aparece como um bloco interativo de perguntas relacionadas à pesquisa original do usuário. 


Ao clicar em uma delas, o box se expande e exibe uma resposta curta, geralmente retirada de um site que o Google considera relevante, acompanhada do link de origem.


A grande particularidade do PAA é sua capacidade de expansão infinita: cada pergunta aberta pode gerar novas perguntas relacionadas, incentivando o usuário a permanecer na própria SERP em vez de clicar em outros sites.


Com isso, o recurso passou a desempenhar um papel duplo:


  • Para o usuário, é uma forma prática de explorar dúvidas complementares sem precisar refazer buscas.

  • Para o Google, é uma ferramenta de retenção, que aumenta as chances de a resposta ser consumida ali mesmo, reduzindo o clique para fora da plataforma.


Exemplo: ao buscar por “Kipiai”, o usuário pode encontrar no PAA perguntas como “O que significa kipiai?”, “O que é KPIs exemplo?”, “Quais são os KPIs de sucesso?” ou “O que é KPIs de RH?”.


Seção “As pessoas também perguntam” no Google com dúvidas sobre Kipiai e KPIs, outro exemplo de recurso da SERP que geralmente não proporciona cliques orgânicos.

Muitas vezes, a resposta exibida já satisfaz a curiosidade, eliminando a necessidade de visitar o site de origem.


Esse comportamento faz do PAA um dos recursos mais influentes na consolidação das zero click searches, ampliando a tendência do Google de centralizar respostas dentro da própria SERP.


Resumo de IA (AI Overviews)


A mais recente e, para muitos, a mais disruptiva adição ao conjunto de recursos da SERP é o Resumo de IA, ou "AI Overviews" (anteriormente conhecido como SGE - Search Generative Experience). 


Embora ainda em fase de lançamento e testes em diversas regiões, este recurso utiliza modelos de linguagem avançados para gerar respostas sintetizadas para as consultas dos usuários, muitas vezes combinando informações de múltiplas fontes.


Exemplo de resultado de IA Overview para consulta "o que é a Kipiai?".

Diferente do featured snippet, que extrai um trecho de um único site, o Resumo de IA pode gerar uma resposta mais complexa e contextualmente rica, apresentando-a de forma conversacional. 


Por exemplo, ao perguntar "qual a melhor forma de cuidar de orquídeas?", o Resumo de IA pode não só dar dicas, mas também explicar o porquê de certas práticas serem importantes, tudo em um formato coeso.


Embora o Resumo de IA inclua links para as fontes que utilizou, a experiência é projetada para ser altamente satisfatória na própria SERP. 


Para muitas consultas, a resposta gerada pela IA será tão completa que o usuário não sentirá a necessidade de clicar nos links das fontes. 


Este recurso tem o potencial de levar o fenômeno das zero cliques a um nível sem precedentes, redefinindo o papel do Google como provedor de informações.


Para ter uma noção, a Ahrefs publicou um um estudo recente sobre a evolução das SERPs na era da IA, em que fica claro AI Overviews vêm crescendo de forma acelerada, enquanto os Featured Snippets perdem espaço:


Um gráfico de linhas compara a "Evolução do AI Overview e Featured Snippet" de janeiro de 2024 a setembro de 2025, mostrando as porcentagens de ambos os recursos em destaque nos resultados de pesquisa.

Esse movimento não é apenas técnico: ele sinaliza uma mudança de prioridade do Google, que passa a privilegiar respostas geradas em vez de apenas extraídas, reforçando sua posição como ponto final da jornada de busca informacional.


Se o presente já aponta para respostas cada vez mais completas dentro da própria SERP, fica a questão: quais são as implicações desse cenário para marcas no futuro próximo?


Nossas implicações e o futuro das zero click searches


O avanço das pesquisas de zero cliques e a constante evolução da SERP representam um ponto de virada para empresas e criadores de conteúdo. 


A velha lógica de simplesmente ranquear no topo já não garante tráfego como antes. 


Na prática, estar bem posicionado é só o começo: o verdadeiro diferencial está em como você adapta sua estratégia para esse novo cenário.


E aí entra a pergunta: você está produzindo conteúdo apenas para “aparecer” ou para se destacar de fato na SERP?


Para navegar nesse futuro, separamos algumas recomendações:


Priorize a Intenção do Usuário


Antes de criar qualquer conteúdo, pergunte-se: qual é a verdadeira intenção do usuário ao fazer essa pesquisa? 


Ele busca uma resposta rápida e concisa (zero cliques) ou um aprofundamento (clique necessário)? 


Na prática, alinhar sua produção à intenção da busca é o que vai diferenciar seu resultado. 


Em alguns casos, aparecer em um featured snippet já cumpre o papel de dar visibilidade à sua marca, mesmo sem o clique.


Otimize para snippets e painéis de conhecimento


Facilite a leitura do Google e do usuário: use subtítulos (H1, H2, H3…), listas, tabelas e resumos claros.


Essa organização aumenta suas chances de ocupar espaço privilegiado na SERP, seja em um snippet ou em um painel de conhecimento.


Ou seja: quanto mais estruturado, maiores as chances de ser exibido como resposta oficial.


Crie conteúdo de valor agregado

Para atrair cliques em um cenário de zero cliques, seu conteúdo precisa ir além da resposta básica que o Google pode fornecer.


Ofereça análises aprofundadas, ferramentas interativas, estudos de caso, perspectivas únicas, experiências de usuário diferenciadas, ou soluções completas que simplesmente não cabem em um resumo na SERP.


O objetivo é fazer com que o usuário queira ir além do que o Google já mostrou.


No case da UPP, aplicamos uma estratégia de SEO holística (conteúdo novo de valor agregado + otimização técnica + melhoria de estrutura), que resultou em +386% de cliques, +85% de impressões e +165% de CTR:



Invista em SEO Local


Para negócios locais, otimizar a listagem do Google Meu Negócio é mais indispensável do que nunca.


Muitas consultas locais resultam em zero cliques, com usuários ligando ou visitando a empresa diretamente a partir das informações exibidas na SERP.


Se a sua ficha do Google Business Profile não estiver completa e otimizada, você provavelmente está perdendo clientes para quem já entendeu esse jogo.


Dados atualizados, fotos reais e boas avaliações podem ser o fator decisivo entre o clique (ou a ligação) acontecer para você ou para o concorrente.


Reavalie suas métricas de sucesso


O tráfego para o site pode não ser a única métrica de sucesso. 


No cenário das zero click searches, indicadores como a presença em featured snippets, menções à sua marca, reconhecimento de autoridade e até ligações diretas vindas da SERP também contam.


Se parte das suas conversões acontecem fora do ambiente digital (seja em uma venda presencial, por telefone ou até em reuniões comerciais), é fundamental incluir esse cenário na análise. 


Isso amplia a visão sobre o verdadeiro impacto das suas ações de marketing.


Descubra como integrar esses resultados à sua estratégia no nosso guia sobre conversões offline!


Prepare-se para a era da IA na busca 


À medida que o Resumo de IA se torna mais difundido, entender como seu conteúdo é usado e atribuído por essa funcionalidade será vital. 


Crie conteúdo que seja facilmente compreendido e digerido por modelos de IA, posicionando sua marca como uma fonte autoritária e confiável. 


Pense em como sua informação pode ser integrada em respostas geradas por IA.


Além do SEO, quer entender como essas transformações estão redefinindo o marketing de performance? Confira nossa análise sobre o AI Max em Pesquisa no Google!


Então, como encarar o futuro da pesquisa orgânica?


As pesquisas de zero cliques não são uma ameaça, mas uma oportunidade para repensarmos nossa presença online. 


O Google vai continuar evoluindo para entregar respostas cada vez mais rápidas e relevantes.


O seu papel, como marca, é se adaptar a esse cenário: criar conteúdos que realmente agreguem valor e que consigam impactar o usuário mesmo quando o clique não acontece. 


Ou seja, não se trata apenas de aparecer no Google, mas de usar o Google como canal para entregar informação útil, clara e direta.


Na prática, o futuro da busca é menos sobre links e mais sobre respostas eficazes (e quem entender isso primeiro, sai na frente!).





Quer transformar as pesquisas de zero cliques em oportunidades reais de negócio?




Manda um oi!

+55 11 99472.1375

fernanda@kipiai.com

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r. Paes Leme, 524

Pinheiros - São Paulo, SP

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