Primeiras Impressões sobre AI Max em Pesquisa
- Renato Coelho
- há 24 minutos
- 3 min de leitura
Por Renato Coelho, coordenador de performance na Kipiai.
O Google acaba de lançar o AI Max for Search Campaigns, um pacote de automações que promete levar a performance das campanhas de pesquisa para outro nível, com IA ajustando anúncios, ampliando alcance por meio de correspondência ampla e removendo a necessidade de palavras-chave em muitos casos.
Disponível para todos os anunciantes em todo o mundo
em versão beta a partir do final deste mês
A maneira como as palavras-chave e correspondências sem palavras-chave são priorizadas na veiculação funciona da mesma forma que hoje em campanhas de Pesquisa e Performance Max.
Principais Vantagens
Alcance ampliado: com correspondência ampla + busca sem palavras-chave, o Google promete encontrar oportunidades que antes passavam despercebidas.
Anúncios dinâmicos: títulos e descrições otimizados com IA, adaptados em tempo real às intenções de busca do usuário.
Novos recursos: segmentação por localização de interesse e exclusões de marca buscam mais precisão na entrega para determinados cenários.
Pontos de Atenção
Menos controle para o anunciante: A correspondência ampla combinada com a exclusão da gestão manual de palavras-chave pode gerar um ambiente onde o anunciante não sabe exatamente para onde está aparecendo. Quando o algoritmo acerta, tudo bem. Mas e quando ele erra, ou prioriza volume em detrimento de qualificação? Além disso, A adoção intensa de correspondência ampla pode levar a perdas de relevância e maior dependência do algoritmo para decisões críticas.
Criação de criativos sem estratégia: A IA pode gerar títulos, descrições e variações rapidamente. Mas ela não conhece a fundo o posicionamento da marca, seus diferenciais reais ou as nuances comerciais de cada produto. A automação, nesse caso, pode produzir mensagens genéricas, pouco estratégicas e até desalinhadas com o funil.
Dependência total do algoritmo: O AI Max desloca a inteligência da campanha para o lado da plataforma. Isso reduz a capacidade dos profissionais de mídia de testarem hipóteses com base em dados, e aumenta o risco de ficarmos reféns de uma caixa-preta algorítmica, onde o que funciona ou não é explicado somente com “confie no sistema”. A eficácia do AI Max está condicionada à qualidade dos dados históricos e da estrutura atual da conta. Negócios mal organizados podem automatizar o caos.
Indicadores limitados: Com menos granularidade nas palavras-chave e menos controle de criativos, torna-se mais difícil entender o que está realmente gerando resultado. Isso limita o aprendizado e a capacidade de escalar estratégias vencedoras fora do ambiente Google
O que fazer?
Repense suas estruturas de campanhas: elas precisarão ser mais enxutas, ágeis e orientadas a sinais de conversão, não a silos rígidos de palavras-chave.
Faça testes: Use o AI Max como um laboratório de testes, não como piloto automático.
Crie regras claras de monitoramento: CPA, taxa de conversão e taxa de rejeição devem ser acompanhadas de perto.
Integre inteligência humana à automação: a IA não substitui a estratégia, o entendimento do consumidor ou a visão de marca.
O que podemos concluir?
O AI Max representa um avanço importante na automação e eficiência, mas como toda ferramenta poderosa, exige estratégia, acompanhamento próximo e senso crítico. Automatizar mais não pode significar perder o controle da performance real.
O AI Max pode ser um impulsionador de performance para contas maduras, bem estruturadas e com supervisão profissional ativa. Mas para quem não tem domínio técnico, ele pode representar mais risco do que solução, inclusive mascarando problemas estruturais com "resultados rápidos" de curto prazo.
Mais do que nunca, o papel da Kipiai e outros especialistas é garantir que as ferramentas da IA sejam guiadas com inteligência estratégica, senso crítico e objetivos claros.
Quer saber mais sobre AI Max? Confira o artigo que preparamos no nosso blog!
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